Parabéns Maruim: 156 Anos de Emancipação Política


Nossa querida Maruim, que um dia foi considerada o Empório de Sergipe, está decadente, porém sua história ainda que esquecida, é rica e apresenta um vasto conteúdo cultural.
Maruim foi berço de vários grupos empresariais que marcaram o mundo dos negócios em Sergipe, por exemplo, Casa Inglesa, Schramm e Cia, A.Fonseca, A Casa Cruz, Maynart e Irmãos e Soares & Prado. A força econômica de Maruim chamou a atenção de vários países, que instalaram seus consulados em 1850, os quais destacamos: Alemanha, Suécia, Portugal, Inglaterra, Áustria, Noruega, antigo Reino de Nápolis etc.
Maruim contava com cerca de 15 engenhos, porém os portugueses que dominavam a cultura da cana-de-açúcar, detiam a maior parte das terras maruinenses.
A família do alemão Otto Schramm foi a desbravadora no processo de utilização do algodão, quando em 1869 montou o maior descaroçador da Província em Maruim.
Há relatos que a primeira casa bancária de Sergipe nasceu em Maruim, quando foi criado o setor de crédito, por Otto Schramm, para impulsionr a economia local.
Nos dias atuais ainda percebemos influências dos alemães tanto nos aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais, por exemplo, a origem do nome do bairro Lachez, em homenagem ao francês Henrique José Lachez, importante comerciante de Maruim, em 1822.
Maruim começou seu processo de decadência a partir de 1900, com o fim da escravatura. A maioria das firmas abriram falência, e os estrangeiros foram embora.
Portanto, nota-se que Maruim impulsionou a economia sergipana, e hoje depende, praticamente, da capital Aracaju. Oxalá, que os governantes promovam políticas públicas voltadas para o progresso econômico da nossa cidade, que tem potencial, apenas está adormecido.

Texto: Keizer Santos*
Imagem: Google Maps
Com informações da Revista Cinform Municípios(2002)

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