Cleómenes Campos de Oliveira nasceu em 10 de agosto de 1895, na cidade de Maruim, Estado de Sergipe. Filho de Manoel Joaquim de Oliveira e Dona Maria da Conceição Vieira Campos de Oliveira, faleceu em 29 de abril de 1968, em São Paulo (SP).
Em 1908, iniciou seus estudos primários no Lyceu São José, dirigido pelo Padre José da Mota Cabral. Em 1910, na Bahia, foi aluno do Ginásio São José do Dr. João Florêncio Gomes. Novamente em Aracaju, em 1911, estudou no Atheneu Sergipense até 1912, pois seu irmão, o Dr. Antônio Campos de Oliveira, o convidou para trabalhar na importante Casa Martinelli, em Santos (SP), ingressando então na vida comercial e abandonando, ainda jovem, os estudos.
Mais tarde, após ser aprovado em concurso, entrou para o serviço dos Correios da República, em São Paulo, posteriormente foi aprovado em concurso para o Ministério da Fazenda, exercendo a função de agente fiscal do imposto de consumo. Tentou continuar os estudos anos depois, mas desistiu pela tentação da literatura.
Fundou “A garoa”, uma das revistas literárias que mais custaram a morrer.
Em parceria com os intelectuais Antônio Garcia Rosa, José de Magalhães Carneiro, José Augusto da Rocha Lima, Rubens Figueiredo, Monsenhor Carlos Costa, Clodomir Silva e Manuelito Campos; Cleómenes Campos fundou a tão prestigiada Academia Sergipana de Letras, em 1º de junho de 1929, seguindo o modelo da Academia Brasileira de Letras. Cleómenes Campos foi o primeiro a ocupar a cadeira nº 03 da Academia Sergipana de Letras.
Publicou os seguintes livros: “Coração Encantado” (versos), editado por Monteiro Lobato e C. Editores, que obteve o primeiro prêmio no concurso da Academia Brasileira de letras, em 1923; “De mãos postas” (versos), da Editorial Helios Limitada, que foi igualmente laureado pela Academia, em 1926; “Meu livro de Amor” (versos) (1931), editado pela Companhia Editora Nacional; “Humildade” (versos) (1931), pela Companhia Editora Nacional; “Sonata do Desencanto” (versos) (1950); “O Segredo de Nós Dois” (1969) e “Zabelê” (versos) (1940); este último, um poema nunca posto à venda. No teatro, Cleómenes Campos escreveu, em colaboração com Oduvaldo Viana, a comédia “Mascote”, representada no Rio de Janeiro pela Companhia Dulcina-Odilon; Escreveu ainda: “O anel que tu me destes”, “Procura-se uma loira” e “Amores de Mendigo”.
Em São Paulo (capital) existe uma escola da rede municipal de ensino que tem como patrono o poeta Cleómenes Campos. Uma justa homenagem a este grande maruinense. Abaixo, segue o endereço da referida escola:
Escola Municipal de Ensino Fundamental Cleómenes Campos
Rua Bartolomeu Correa Bueno, 268, Jardim Tereza
CEP: 03261-040 | São Paulo (SP)
Fone: (11) 2154-3259 / 2154-4528
Fax: (11) 2028-3737 / 2989-9769
Blog: www.cleocampos.blogspot.com
Texto: Keizer Santos
Imagem: Acervo Lúcia Marques. Reproduzida de ROSA, Gilvan dos Santos. Maruim, coisas que ouvi dizer... 2. ed. rev. Aracaju: Secretaria de Estado da Educação e do Desporto e Lazer, Sercore, 1999>.
FONTES:
Blog da EMEF Cleómenes Campos (São Paulo/SP). Postado pela Profª. Marly, em 05/03/2008. Disponível em
CRUZ E SILVA, Maria Lúcia Marques. Inventário Cultural de Maruim. Edição comemorativa aos 140 anos de Emancipação Política da cidade. Aracaju: Secretaria Especial de Cultura, 1994.
NASCIMENTO, José Anderson. Academia Sergipana de Letras. Em
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