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A próxima quinta-feira (31), último
dia do mês, promete ser agitada. Logo cedo, às 7h, o Movimento Não Pago realiza
mais uma manifestação pública. Desta vez o movimento vai entregar uma carta
compromisso ao prefeito João Alves. Na carta, o Não Pago pretende apresentar
uma pauta de reivindicações por melhorias no sistema de transporte coletivo da
grande Aracaju.
De acordo com Priscila Rezende, uma
das coordenadoras do movimento, o Não Pago espera que o prefeito João Alves
atenda as reivindicações da população. Não é possível que seja concedido mais
um aumento de passagem de ônibus. Já pagamos muito caro por um serviço de
péssima qualidade, explica a estudante. Enquanto não houver licitação, não se
pode falar em aumento. As empresas atuam fora da lei e mesmo assim os prefeitos
sempre foram subservientes. Precisamos enfrentar a ganância dos empresários se
quisermos um transporte de qualidade, completa.
Além do pedido de congelamento da
passagem de ônibus, o movimento requer auditoria dos custos e lucros das
empresas e realização da licitação democrática e com ampla participação
popular. O movimento lembra também que de acordo com o art. 241, § 1º da lei
orgânica do município de Aracaju, qualquer proposta de aumento deve passar pela
decisão da Câmara de Vereadores. Acabamos de passar por um processo eleitoral.
Seria vergonhoso para o prefeito e os vereadores permitirem o aumento da
passagem, sem auditoria dos custos e lucros e sem a realização da licitação. A
população está alerta, enfatiza Priscila.
O grupo também faz muitas críticas ao
discurso do SETRANSP que alega operar com dificuldades, atrasando os salários
dos cobradores e motoristas, mas que em contrapartida realiza grandes eventos.
Como ter certeza se realmente os empresários estão em dificuldades financeiras
se os dados referentes aos custos e lucros não são públicos? Não parece
estranho faltar dinheiro para pagar salários, mas sustentar um grande camarote
em pleno Pré-Caju?, ironiza Flávio Marcel, desempregado e integrante do
movimento.
O Não Pago promete fazer uma série de
atos públicos, como forma de conscientizar os trabalhadores e os jovens de seus
direitos, além de pressionar as autoridades públicas para que a população não
seja prejudicada. O movimento surgiu em 2011, mas somente ganhou reconhecimento
após conquistar o congelamento da passagem no início de 2012, quando o preço da
tarifa ficou estável em R$ 2,25.
Por Assessoria de Comunicação
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