(Foto: Jorge Henrique/ASN) |
O empresário Edmilson Cardoso tem uma mercearia próxima à estrutura da nova ponte e comenta que ela trará muitos benefícios. “A passagem vai ficar boa, mais organizada e bonita. Além disso, é garantia maior de abastecimento para a Grande Aracaju e não haverá risco de acidentes. A obra emergencial, ano passado, foi rápida e agora acharam solução para a construção definitiva da ponte. A promessa do governo foi cumprida e a gente espera que a intervenção termine e a situação fique melhor para todo mundo”.
Para a cozinheira Ana dos Santos, a nova ponte vai trazer segurança para as pessoas que, como ela, atravessavam de uma margem a outra do rio Cotinguiba. “Ninguém acreditava que a obra fosse acontecer, mas agora é uma realidade e estamos satisfeitos. A reconstrução é uma boa, pois, pelo menos, as pessoas não vão ficar correndo risco de sofrer acidentes por ter que atravessar de um lado a outro em meio aos carros que trafegam na BR. Eu mesma morava no povoado Pau Ferro, em Laranjeiras, antes do rompimento, e fazia a travessia todos os dias. Mas com a queda, vim morar em Pedra Branca”, relatou, acrescentando que a intervenção proporciona não só oportunidade de emprego para os moradores da região, como ampliação do número de frequentadores do restaurante onde trabalha, que também fica próximo a antiga ponte.
Nesse início de obras, são elaborados estudos técnicos sobre a área e já foi realizada a sondagem, ou seja, verificação do solo para analisar a que profundidade as estacas da ponte serão fincadas. As informações são do diretor-presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Carlos Melo, que ainda comenta que já estão em construção as peças metálicas que vão compor a estrutura de passagem das adutoras, pedestres e animais. Para a realização de toda intervenção, serão usados maquinários como escavadeira hidráulica, guindastes, rompedor hidráulico, balsas, caçambas, pá carregadeira e retroescavadeira.
“Essa obra vai dar conforto e tranquilidade para garantir regularidade do abastecimento de água. Reconstruiremos a ponte, que terá suporte para duas adutoras, e passagem para pedestres, anseio da população que vive na região”, disse Carlos Melo. Ele também comentou que a intervenção emergencial, que garantiu o abastecimento da Grande Aracaju da época em que a ponte rompeu [em maio de 2015] até os dias atuais, permitiu que o Governo do Estado buscasse os recursos necessários para a obra permanente.
As intervenções compreendem serviços de remoção dos escombros, sondagens, elaboração do projeto executivo das novas fundações, concepção do plano executivo e construção da nova ponte em arcos, respeitando a arquitetura da original, permitindo a passagem de pedestres, bicicletas e animais. A execução da obra é de responsabilidade da Deso. Os recursos são provenientes de empréstimo firmado entre o Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), e o Banco Mundial (BIRD). Foram investidos R$ 969.996 na aquisição de tubos para recomposição da adutora original.
Com a remoção dos escombros do rio, pescadores da região irão comemorar, conforme relata o aposentado Erivaldo dos Santos. “Agora está difícil até para pescar, pois com a estrutura antiga da ponte dentro do Cotinguiba, atrapalha a passagem de canoas”. Sobre os benefícios da nova intervenção, ele comenta que vai melhorar a vida de todos da região. “Vai ser mais prático para os moradores e menos perigoso para os alunos, que atravessam de um lado a outro para ir para escola. É mais do que bom ter esse novo acesso, não só para passagem da adutora, como de gente e animais”.
A adutora do São Francisco é responsável por 67,19% do volume produzido para o abastecimento do sistema integrado da Grande Aracaju. Ela contempla não só a capital sergipana, como os municípios de Barra dos Coqueiros, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Malhada dos Bois.
Entenda
Apesar de o abastecimento de água da Grande Aracaju ocorrer normalmente, as obras em Pedra Branca são necessárias porque parte da adutora que transporta a água foi construída em estrutura provisória. A intervenção foi feita de forma emergencial em 2015, ocasião em que ocorreu colapso da estrutura da ponte, no qual o suporte de passagem da água era sustentado. Com a queda, as adutoras se romperam e foi necessário utilizar uma ponte em construção pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para duplicação da BR-101, para abrigar a tubulação emergencial.
Por ASN
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