Moradores do município de Maruim, situado na Grande Aracaju, reclamam do atendimento desenvolvido na agência dos Correios. Em alguns questionamentos enviados à Redação, os cidadãos relatam atrasos nas entregas, atendimento não padronizado e dificuldades no acesso às correspondências em algumas localidades.
Um dos moradores do Loteamento Pe. Loyola, conhecido como Sítio dos Padres, disse que nunca recebeu uma correspondência pelo serviço postal de Maruim. Outro morador, do Povoado João Gomes de Melo, conhecido com Pau Ferro, também relatou a ausência do serviço na comunidade.
Essa situação também era enfrentada por moradores do Alto da Boa Vista e da Rua Mangue Seco, que só foi resolvida com intervenção da Promotoria Federal. Em 2012, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com um pedido de liminar que pede que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) garantisse a entrega das correspondências no município de Maruim. Na época, as cartas destinadas aos bairros Alto da Boa Vista e Mangue Seco deveriam ser retiradas na agência central localizada a 1 km das residências. No processo, a ECT informou que não entregava porque os imóveis não tinham numeração, conforme os critérios de ordenamento crescente e não possuem caixa receptora de correspondência na entrada das casas. No entanto, o MPF verificou que essas informações não procedem e que a falta da caixa não impede que as correspondências sejam entregues e pediu que a entrega seja normalizada no local sob pena de multa diária de R$ 1 mil, além de indenização por danos morais coletivos acima de R$ 100 mil.
Outra reclamação em relação à agência de Maruim é referente a falta de padronização no atendimento quanto à retirada de encomendas ou na entrega em residências. Em alguns casos, usuários relatam que rastreiam a encomenda pelo próprio aplicativo dos Correios, mas que no dia da entrega, chega a aparecer como entregue, quando na verdade a mercadoria ainda está na unidade. Quando questionado, o atendente diz que a mercadoria será entregue.
Procuramos a Assessoria de Comunicação dos Correios, que enviou a seguinte nota, publicada na íntegra:
Todos os procedimentos de atendimento e distribuição de objetos postais são manualizados. Qualquer conduta em desacordo com as normas internas pode ser encaminhada para apuração. Para que a empresa tome conhecimento e adote as providências cabíveis, o cliente deve registrar a denúncia ou reclamação através dos canais oficiais dos Correios. A estatal segue à disposição pelos telefones 3003-0100 e 0800 725 7282, e também pelo chat ou Fale Conosco, disponíveis no site www.correios.com.br
Com relação à entrega de objetos postais em Maruim, a gerência de Operações esclarece que muitos endereços estão irregulares, o que dificulta ou impede a entrega domiciliária. Há ruas que possuem residências com números repetidos, outras sem numeração. Também há casos de logradouros sem sequência regular (crescente ou decrescente). Por isso, alguns objetos são encaminhados para entrega interna, na agência da cidade. A regularização dos endereços deve ser feita pelo proprietário ou pela prefeitura, a depender do caso.
Por Redação com informações do MPF
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