No último sábado (4), a Prefeitura de Maruim implantou na comunidade do São Vicente, material oriundo de fresagem do asfalto da Rodovia BR-101, doado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Uma ação importante, que deve amenizar, de forma paliativa, a poeira e a lama, que os moradores enfrentam no dia a dia. Mas, a situação de quem vive na comunidade vai além do resto de asfalto, pois ainda falta saneamento básico, moradia digna e alimentação adequada.
Até o momento, no terceiro ano da gestão do prefeito Gilberto Maynart (PT), ainda não foi construída nenhuma casa e não foi realizado serviço de saneamento básico no São Vicente. Durante a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao município de Maruim, no dia 15 de fevereiro, o prefeito solicitou apoio para construção de casas. Mas, por enquanto, apenas é uma promessa. Expectativa semelhante aconteceu em 2014, quando o então prefeito Jeferson Santana (MDB) também solicitou a construção de 95 casas no São Vicente ao então governador Jackson Barreto (MDB). Um investimento que somava na época o equivalente a R$ 1.603.792,88 e que contemplaria a construção do conjunto habitacional ao lado da Igreja São Vicente (construída em 1742), redes de água e esgoto, terraplanagem e pavimentação.
Até os dias atuais, os moradores do São Vicente aguardam as promessas de construção de casas, que não dependem, exclusivamente, do Governo Municipal, pois Maruim não possui recursos suficientes para viabilização deste grande empreendimento. A construção destas casas só será possível com o apoio do Governo do Estado ou do Governo Federal.
O que depende diretamente da Prefeitura de Maruim é promover políticas públicas que mudem, de fato, a vida dos moradores. Durante uma visita da reportagem, os moradores relataram as dificuldades com o abastecimento de água, sendo necessária a ação do Poder Público. O carro-pipa abastece a localidade duas vezes por semana, pois a caixa d' água não tem vazão suficiente.
A falta de saneamento também é evidente, onde os moradores reclamam da presença de mosquito e falta de assistência com remédios. A presença de casas de taipa é elevada e muitas delas não possuem banheiros.
Apesar das dificuldades, os moradores demonstram esperança por dias melhores.
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Por Redação
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